quarta-feira, 7 de junho de 2017

Uma pequena reflexão.

Muitas pessoas já me falaram que o total entendimento de certas obras só é possível após algum determinado acontecimento ou evento em nossas vidas, entendimentos que podem lhe dar um impulso ou simplesmente o levar para caminhos perigosos (Esse é um dos motivos para eu não ter ido muito longe na série 13 Reasons Why). Porém, esses dias estava pensando em que rumo eu devo dar à minha vida e onde conseguir energias para seguir em frente. Foi quando, por um acaso do destino, participei de uma jornada em uma serie de jogos conhecida como Dark souls.

Dark Souls, para quem não sabe, é uma série de video games muito famosa pela sua dificuldade e principalmente por o fazer morrer mais vezes que o Tom Cruise no filme No Limite do Amanhã, mas algo que poucos falam é da sua jornada. O mundo da série Souls é um mundo de dark fantasy (bastante inspirado no mangá Berserk), sombrio e opressor, com o perigo espreitando em cada canto e até o inimigo mais simples pode se demonstrar o maior desafio caso você não esteja preparado.

Parece que tudo o que você fará está destinado ao fracasso, até porque o seu personagem é insignificante perante ao mundo decadente. Em sua jornada, você vê outros personagens se tornando hollows (vazios, ocos), se esquecendo de quem eram, até desistirem de tudo e todos e cairem no esquecimento, entrando em decadência assim como o mundo do jogo. O jogo não cansa de lembrá-lo de que você acabará tendo o mesmo destino.

Porém, mesmo com todo esse peso, não só do jogo mas de seu marketing, algo o faz seguir em frente, seja um pequeno incentivo de algum personagem sempre falando “Continue seguindo e por favor, não fique hollow” ou um pequeno sinal dourado no chão indicando que alguém está disposto a ajudá-lo a enfrentar aquele chefe que parecia impossível de vencer.

Até mesmo quando eu sentava naquela bonfire (uma fogueira onde se salva o progresso do jogo) no fim da temível Blighttown, me dava um momento para pensar o quão fundo eu cheguei no abismo mas que aquilo era só o inicio de minha jornada e ainda tinha que chegar ao topo para poder progredir. Tudo isso me fez continuar e me fez segurar minha humanidade o máximo possível, pois eu sabia que de bonfire a bonfire eu chegaria ao final e conseguiria acender novamente a chama para um novo ciclo de luz e esperança começar.


Engraçado pensar que depois de tanta coisa que passei e ainda passarei, foi pensar em um momento especifico de um jogo que me fez compreender tudo o que estava acontecendo comigo. Porém, assim como o meu pobre avatar dentro do jogo, que não sabe que inimigo ou ambiente enfrentará à frente, eu também não sei o que o futuro me reserva. Por isso, irei agora sempre cautelosamente de bonfire até a próxima bonfire, sem medo de “morrer”, pois isso faz parte de nossa jornada.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Star Wars: Estrelas Perdidas

Já faz um tempo que não escrevo neste blog  devido a alguns problemas pessoais. Porém, já estava planejando em voltar a algum tempo. Após terminar um dos livros canônicos da minha amada saga Star Wars, aqui estou eu de volta para falar um pouco de “Estrelas Perdidas”.

Assim que o nosso amigo Mickey comprou a Lucasfilm e declarou que tudo que não estivesse nos filmes ou séries seria desconsiderado como canônico (Adeus unidade R2 jedi) e que lançariam um novo canône, fui logo correndo atrás de tudo o que lançavam dessa nova era. Então foi aí que me deparei com o livro “Estrelas Perdidas”, escrito pela autora Claudia Grey.

Aqui acompanhamos uma história  de amizade que percorre do inicio do Império até sua queda na batalha de Jakku, tudo pela visão de dois cadetes imperiais, Ciena Ree e Thane Kyrell. Junto deles vivenciamos grandes eventos da saga, como a batalha de Yavin 4, o assalto dos AT-AT em Hoth e o último confronto em Endor (Sim, onde os Troopers foram derrotados por ursinhos de pelúcia. Valeu George Lucas).

Por mais que a história passe por momentos já conhecidos pelos fãs da série, aqui a escritora não se preocupa em ficar recontando os episódios, afinal, já temos os filmes para isso. Vemos  esses eventos por perspectivas diferentes, e até mesmo em locais diferente. Isso tudo acrescenta toda uma nova perspectiva para essa galáxia, sem contar a ruptura de ideologias entre os dois personagens principais.

É muito interessante como o livro consegue dar um rosto para aqueles pobres imperiais que morreram na Estrela da Morte (Luke seu genocida) nessa mistura de Romeu e Julieta e Rogue One. Com certeza o melhor livro já lançado desse novo canon, sua trama o pegará de jeito querendo saber a todo momento o final, e como já diz na contra capa, um livro obrigatório para fãs e amantes de boas histórias.