segunda-feira, 16 de março de 2015

Planeta Hulk

Eu nunca fui um fanático por quadrinhos e devo dizer que poucos me chamaram atenção (principalmente os de super heróis), porém um dia me apareceu uma saga do Incrível Hulk, que tinha uma proposta, digamos, interessante, pois saia um pouco da galhofada que são a maioria das historias da Marvel e juntava com o gênero de espada e planeta (um sub gênero da ficção cientifica), e foi assim que adquiri a saga do Planeta Hulk.

Planeta Hulk começa com o gigante verde sendo mandado para um planeta distante em uma tentativa de salvar a população da terra de sua fúria, porém a rota da nave é acidentalmente desviada e acaba adentrando em um portal que o leva diretamente ao planeta Sakaar, logo percebe que não está tão poderoso e assim é capturado pelas forças imperiais desse misterioso mundo e é forçado a virar um gladiador, assim a trama começa. 

Claramente o enredo é inspirado em clássicos como Gladiador (2000) e Spartacus (1960), com Hulk virando gladiador e criando uma revolta de escravos que tem como objetivo a destruição da tirânico império dominante, e por mais clichê que isso pareça (e é) todo o desenrolar da historia é bem contado e lhe faz apreciar cada quadro da revista, infelizmente seu final acaba ficando desconexo com a trama por ter como único proposito ter de criar um gancho para uma próxima saga, podendo desanimar muitos (ou não).

Outro fator que me chamou a atenção é a personalidade de Hulk, que na maioria das vezes é retratado como uma besta incontrolável, aqui ele já aparece com um ar mais sóbrio e estável, fazendo muitas vezes o leitor que não conhece o passado do personagem se perguntar o por que ele foi exilado da terra. Além do fato dele ter sido enfraquecido, o que o fez sair do "modo" lobo solitário, fortalecendo o trabalho em equipe e os laços de amizade com os nativos desse misterioso mundo.


Planeta Hulk se mostrou uma adorável surpresa no mundo dos quadrinhos de super herói, com sua historia clichê porém bem contada, e mesmo com seu desfecho horrível ele ainda continua uma leitura agradável de ficção fantástica que vale a pena ser lida e apreciada, tanto pelos fanáticos por personagens com super poderes quanto para aqueles que apenas procuram uma boa trama para se envolver.

     
                 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Destiny

Dês do momento em que foi anunciado o projeto "secreto" da Bungie e suas primeiras imagens liberadas, logo soube que deveria adquirir o próximo trabalho da empresa, Destiny, o shooter futurista que realmente iria abrir a nova geração de consoles, porém não o peguei em seu lançamento, um pouco pelas criticas medianas e também por que queria joga-lo no PS4, e após horas de jogatina finalmente cheguei em um consenso sobre o que o jogo é.

O game se encaixa perfeitamente no gênero ficção de fantasia, aonde o planeta terra viveu uma era dourada após a chegada de uma estranha entidade/ maquina chamada de  O Viajante, porém o mesmo possuía um inimigo, A Escuridão, o que marcou o fim dessa era de prosperidade e quase extinguiu a humanidade, o que sobrou da população se refugiu na ultima cidade, onde O Viajante protegia, e é ai que a aventura começa, o jogador assume o papel de um guardião, guerreiros que usam o poder do viajante (A Luz) para fazer o contra ataque as forças das trevas. 

Até esse ponto parece mais uma aventura espacial genérica, porém como era de se esperar da criadora da serie Halo, a mitologia envolvendo esse universo, as características das raças (o jeito de colmeia dos Vex, a força bruta dos Cabais e sistema de casta dos Decaídos), os cenários são tratados de forma excepcional, formando uma base rica para a aventura, mas infelizmente a trama principal não é desenvolvida, há milhões de lacunas e se torna totalmente dispensável, e quanto ao fabuloso background... bem, se deve sair do jogo e entrar no site do game para ter acesso a ela.

Mas em que a historia falha, Destiny acerta na direção de arte, com cenários lindos, personagens bem modelados e uma iluminação perfeita, mostrando o que a nova geração de consoles pode proporcionar, tanto que houve vários momentos em que eu parei para apreciar o cenário enquanto a a devastação ocorria atrás de mim, e a troca da primeira para terceira pessoa quando se vai pra torre( ponto de reunião dos guardiões) e se tem a oportunidade de apreciar a sua armadura.... simplesmente fantástico.

Outro ponto que merece destaque é a sua jogabilidade, de tão fluida que chega a ser quase natural, tento no tiroteio frenético quanto no controle de veículos, além de algumas sutilezas entre as três classes (Titã, caçador e arcano), em falar em classe, chegamos a um ponto importante e até mesmo o diferencial do jogo. Destiny é um hibrido de RPG (classes, xp ...), MMO (Raids, multiplayer) e o clássico FPS, porém o seu maior trunfo e o seu maior erro.

Esse esquema de jogar sempre online que começou erroneamente com Titanfall e teve sua evolução com Destiny ainda não convenceu. Ao contrario do jogo da  Respawn, Destiny tem um fator replay muito maior e mais viciante (até por que to a seculos jogando as mesmas missões de novo e de novo) porém não é perfeito, com missões repetitivas e o sistema de evolução pós nível 20 muito massante, o game pode acabar enjoando caso você não tenha amigos para jogar, além dos problemas das DLCs que acaba restringindo  o jogador que tenha o pacote básico.

Quanto as DLCs programadas e no disco (Sim, as duas DLCs anunciadas dês do lançamento já estão no disco) mostram como o game foi estraçalhado para fazer mais dinheiro meses antes do seu lançamento, o que o prejudicou bastante, principalmente em sua historia principal e em cenários (por que Mércurio tem no competitivo mas não tem nenhuma missão no PvE?), além do preço absurdo em que elas são vendidas.

Destiny possuim muitos problemas, e muitos vindo de sua produção (provavelmente culpa da Activision, a "dona da grana") e mesmo não sendo aquele jogo revolucionário que todos esperavam ele continua sendo altamente divertido e viciante principalmente se tiver amigos (caso não tenha, se preocupa não, fará muitos dentro do game), além de um enorme potencial futuro que pode ser alcançado, fazendo Destiny o pior/ melhor jogo da nova geração.  





      

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O Jogo da Imitação

Hoje em minha ida ao cinema, me deparei com um filme modesto em meio ao grande lançamento de 50 tons de cinza, e na sala com apenas 6 espectadores contando comigo, fui apresentado para o subestimado O Jogo da Imitação, e logo me adiantando, devo dizer que o filme é simplesmente grandioso assim como os feitos de seu protagonista.

O longa narra a historia real de Alan Turing (Benedict Cumberbatch), que durante a segunda guerra trabalhou em um projeto secreto para decifrar os códigos de comunicação usado pelos nazistas, porém ao contrario de A Teoria de Tudo que se focava na vida e relacionamento de stephen hawking, o diretor Morten Tyldum se focou em contar a corrida contra o tempo para criar o "decifrador" de códigos definitivo para então terminar com a batalha que já tirou milhões de vida.

Com uma câmera sobrea, digna de uma produção Inglesa, e com as excelentes atuações de Benedict Cumberbatch (Turing) e Keira Knightley (Joan Clarke), o longa consegue lhe prender do inicio ao fim, além de contar com o ótimo timing da produção que mexe com maestria os momentos de tensão, loucura e comedia,nunca o deixando entediante.  

Não é de hoje que grandes produções acabam ofuscando filmes com campanhas de marketing um pouco mais modesta, e esse não é uma exceção a regra, além do mais com apenas uma sala e duas seções disponíveis em minha cidade tornam a sua visualização quase impraticável, porém como dito pelo personagem principal " Aqueles que a gente menos espera, são os que mais podem nós surpreender" e esse é o caso desta maravilhosa produção que merece cada segundo investido nela.