Em
minha opinião não há nada mais legal quer vê robôs se digladiando ou
enfrentando monstros gigantes, que tem como único objetivo destruir toda a
humanidade por algum motivo desconhecido, e para deixar as coisas melhores, há
uma vasta gama de material vindo quentinho do Japão. Mas com a popularização da
cultura nipônica no ocidente, é claro que os estúdios de entretenimento iriam
começar a copiar, porém, mesmo tendo muitas semelhanças, os produtos ocidentais
e orientais apresentam um abismo em seu conceito, e resolvi fazer a pergunta,
“por quê?”.
Primeiramente
temos que entender o que é esse gênero, provavelmente vocês viram Power Ranger,
a adaptação americana da serie Super Sentai, e todos sabem que no final eles
convocam um robô gigante em que eles controlam para enfrentar a ameaça, isso
meus amigos é o gênero Mecha (não mecha de cabelo) aonde pessoas utilizam
armaduras cibernéticas (exoesqueletos) para enfrentar seus conflitos, podendo
variar de tamanho, indo para os gigantes até os do tamanho de uma pessoa. Mas o
que os torna diferentes entre as regiões?
Para
respondermos a essa pergunta, temos que ver como cada nação vê o conflito, as
guerras e principalmente o uso da arma. Os japoneses veem a arma como uma
extensão do corpo, algo até mesmo espiritual, não é a toa que as armaduras samurais
foram evoluindo ao longo dos tempos com as novas técnicas de combates que foram
surgindo, e não por causa de um novo tipo de armamento. Dessa forma, aquele
objeto usado como arma tinha um valor maior, não era apenas um item feito para
matar, mas parte de si.
Já
do lado ocidental, temos uma visão totalmente diferente, aqui a arma é vista
como uma ferramenta, algo até certo ponto descartável em que qualquer cidadão
pode utilizar para poder se defender, aliás, não se poderia esperar diferente
de um pais que foi construído por causa delas. Você deve está se perguntando
agora “Tá, mas o que isso tem haver com robôs gigantes?”, a minha resposta
caros leitores: é simplesmente tudo.
Vamos
pegar como exemplo a light novel/manga All You Need Is Kill que teve sua
adaptação no ocidente nomeada de No Limite do amanhã. Tanto no original quanto
no filme a humanidade precisa enfrentar uma raça de aliens, e para isso
constroem armaduras para podermos enfrenta-los, mas ai começam as diferenças,
já que na light novel o protagonista deve “domar” a armadura, fazer dela parte
de si e até mesmo usar uma arma branca em que precisa de toda sua habilidade
para poder ter êxito em sua missão, já no longa, a armadura nada mais é uma
mera arma que em vários momentos é simplesmente largada.
Não
é a toa que os mechas dentro de um contexto japonês muitas vezes acabam se
tornando personagens tão importantes quanto os humanos (ou aliens, sem
segregação aqui!), porém ao chegar para nossas bandas viraram um bando de
armaduras para se colecionar ou um titã que se chama para dar apoio quando as
coisas estão apertadas. Mas o mais interessante disso tudo é ver a diferença de
pensamento que fazem até mesmo um mesmo tema ser pensado e repensado de uma forma
bastante diferente, afinal, ninguém é igual.
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