quarta-feira, 4 de maio de 2016

Star Wars: Passado, Presente e Futuro

Talvez um dos assuntos mais difíceis de falar é sobre Star Wars, mas o porque vocês devem estar se perguntando, a resposta para isso é simples, Star Wars não é apenas uma serie de filmes, mas uma paixão, não somente para mim, mas para muitas pessoas que cresceram com essa grande saga criada por George Lucas há quase 40 anos que já se expandiu em 7 filmes, 3 series animadas e dezenas de jogos, livros e hqs durante todos esses anos.

Então vamos do inicio, tudo começou quando eu era um jovem Padawan e na casa de minha tia botaram no videocassete “A ameaça Fantasma”, devo dizer que foi amor a primeira vista. Não fui somente apresentado ao mundo de guerras nas estrelas como também queria estar no meio daquela corrida alucinante de pods ou pilotar os caças amarelos (até hoje não sei o nome deles) para destruir a nave mãe da confederação do comércio ou simplesmente enfrentar ao lado de ObiWan e QuiGonJinn o terrível Darth Maul.

Após isso quis consumir tudo a respeito em relação a brinquedos, principalmente os de Lego, e para minha sorte meu pai, como o grande mestre Jedi que é me mostrou o caminho da força e começou a me contar historias de um império maligno e sobre corajosos rebeldes que lutavam para livrar a galáxia do terrível Darth Vader e sua terrível arma destruidora de planetas. Foi nesse momento que Luke Skywalker, Han Solo e princesa Leia entraram em meu cotidiano.

A trilogia clássica era um clima totalmente diferente do que tinha visto no ep. I, aqui eu tinha uma aventura como nunca tinha visto antes, personagens icônicos e cenas marcantes além das naves mais emblemáticos do cinema, como a belíssima Millennium Falcon e a minha favorita, o caças X-Wings, até hoje sonho em ter um desses, nem que seja uma miniatura.

Infelizmente só fui ter a oportunidade de ver um dos filmes no cinema em 2005, mas devo dizer que foi incrível ver “A Vingança dos Sith” em tela grande. Lembro como se fosse ontem, eu junto de minha família assistindo no finado Cine Olympia a luta entre ObiWan e Anakin em meio aquele rio de lava enquanto John Williams orquestrava uma das melhores trilhas que a saga já teve desde a Marcha imperial.

Claro que em minha jornada teve algumas decepções. Com o tempo e meu amadurecimento, comecei a perceber as falhas na nova trilogia (maldito JarJar), principalmente no horrível Ataque dos Clones, e o que foi feito com o grande Mestre Yoda, que de um grande sábio com suas grandiosas lições de vida, foi transformado em um bicho verde malabarista.

Mas o espirito da saga clássica ainda me acompanharia pelos anos seguintes, pois com o tempo comecei a consumir as HQs, eram meus primeiros passos para o grande universo expandido, conhecido agora apenas como legends. Lá acompanhei historias de Jedis anos a frente da batalha de Endor, vi os grandes heróis da aliança em seus caças X-Wings lutando contra os temíveis TieFighter. Caramba, tantas historias que me faziam viajar e alçar voo em minha imaginação, uma magia que poucas obras conseguiram fazer.

Mas esse mundo não podia acabar, lá estava eu, vendo a animação Clone Wars, trazendo uma das poucas coisas que eu gostei na nova trilogia, os Clone Troopers, os pobres clones do caçador de recompensa Jango Fett, criados para lutar pela republica, além de serem partes importantes no grande plano do imperador.

Essa serie mesmo tendo seus pontos baixos e pontos altos mostrava historias de soldados comuns que lutavam para se superar sempre, para saírem do modo automático e ganharem suas independências, tudo isso sendo transmitido com o clima de aventura que só Star Wars pode trazer.

Mas uma coisa que me deixava bastante chateado era que havia uma certa dificuldade de achar coisas relacionadas a saga, ao menos em minha cidade. Mas tudo mudou quando a Disney resgatou a saga de seu maior vilão, George Lucas, e anunciou o sétimo capitulo, o despertar da força.

Antes do lançamento do filme e até mesmo agora, devo dizer que é o melhor momento pra ser fã, começaram a sair os livros, miniaturas e etc, claro que teve o preço do universo expandido ser apagado e transformado em legends, é triste pensar que nada do Knight of the Old Republic não valer mais, porém foi um preço pequeno a se pagar.

Foi uma das experiências mais incríveis que tive na vida quando Dezembro de 2015 chegou, lá estava eu e minha namorada, esperando a seção de meia noite da pré esteia de “O Despertar da Força”, quando eu percebi o que Star Wars realmente significava, comecei a ver pais levando os filhos, amigos reunidos, jovens que assim como eu conheceram a saga pela nova trilogia e adultos que eram crianças quando Luke destruiu a primeira estrela da morte, senti uma energia que nunca vi em outro filme, tanto pelos fãs quanto pelo próprio episodio 7 que claramente foi feito por pessoas como nós, amantes desse universo fantástico em que todos podemos fazer parte, sonhar e viver grandes aventuras. Star Wars não é apenas uma saga, mas sim um evento que reúne a todos para sonharem e que continuara a fazer isso por muitos e muitos anos....





 ... E que a Força esteja com vocês.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Capitão America: Guerra Civil

É incrível como em um ano em que saiu Batman v Superman o filme de herói que mais me surpreendeu até agora foi mais um filme da parceria Marvel/Disney, Capitão América: Guerra Civil, adaptação da HQ Guerra Civil. A partir disso os irmãos Russo, no balanço do Soldado Invernal, fazem sua versão desse clássico dos quadrinhos.

Uma das primeiras coisas que se deve notar nessa adaptação é que não tem nada a ver com a historia em quadrinhos, aqui temos uma visão diferente de toda aquela historia (bem mal construída se for ver direitinho) sobre a identidade secretas dos heróis, afinal, todo mundo sabem quem é quem no universo cinematográfico.

Tirando a comparação com sua historia base (as semelhanças estão só no nome), nos é entregue uma das melhores tramas que esse mundo já teve, levando personagens como Homem de Ferro e até mesmo o “chatonildo”  do Capitão América a outro nível, além de um vilão que eu adorei, indo contra a uma galerinha que não, e não podemos esquecer os novos heróis, o tão esperado Homem Aranha e o excelente Pantera Negra.

Por falar nesses dois, tenho que dar parabéns para os diretores e roteiristas por conseguirem um desenvolvimento impecável de ambos os personagens. Falando em personagens, tenho que destacar o tempo de tela de cada um. Desde Os Vingadores que não via um filme de equipes de super-heróis conseguir uma interação tão boa entre personagens e dar destaque de forma maestral nas cenas de luta (principalmente na empolgante luta do aeroporto).

Além de um bom desenvolvimento de personagens temos um dos roteiros mais redondos desde O Soldado Invernal, bem dividido entre momentos dramáticos, cenas de ação e o alivio cômico. Em falar na parte dramática, temos aqui um dos filmes mais “pesados” do universo cinematográfico da Marvel, mostrando uma maturidade tantos dos personagens quanto da própria linha narrativa que a Disney está construindo.

Capitão América: Guerra Civil não é apenas mais um na grande lista de filme da Marvel, mas sim, o ápice de todas as lições que o estúdio aprendeu com seus erros (Thor, O Incrível Hulk e Homem de Ferro 3) e seus grandes acertos para dar o ponta pé inicial para a 3° fase. Aqui temos um vilão excelente (mesmo sem ser caricato), uma motivação palpável para o conflito dos heróis (ao contrário daquele outro filme), e cenas de lutas que com certeza ficarão para a história dos filmes de ação.



    

sábado, 23 de abril de 2016

Uma Tarde Qualquer

É impressionante quando você quer escrever algo legal e nada se vem à mente, hoje foi um desses dias, entre trabalhos e tarefas domesticas, ficava pensando o que poderia botar no papel para trazer a vocês, porém, mais uma vez, nada. Entre uma bolinha de papel e outra, resolvi ligar meu computador para procurar inspirações.

Estava preparado, o bloco de papel do meu lado, minha playlist dos anos 40 ligada, podcasts favoritos baixando e claro, a programação tosca da tv passando do meu lado (velho habito de deixar a tv ligada), só que o bloqueio não passava, deve ser a tv me “emburrecendo”, então por que não diversificar, dessa forma, abri a temporada de caça pelas noticias.

A primeira noticia que eu vi foi da polemica matéria “Linda, Recatada e do lar”, era essa matéria que iria falar, afinal, é um tema que há muito quero falar. Fui logo atrás de referenciais que tinha guardado, palestras sobre temáticas similares, textos havia salvado os links e tudo o mais, porém não consegui sair da segunda linha.

Mais uma vez não tinha pauta, então fui fazer coisas que gosto, ver tutoriais de como construir assentamentos no Fallout 4 pelo youtube, ver algum filme pelo netflix, tentar chegar finalmente no farol em Destiny (um dia eu consigo), e dessas atividades me veio duas ideias que poderia colocar e desenvolver.

Meus primeiro plano foi falar da animação Akira, afinal, após ver que estava disponível no Netflix, não resistir em rever, então, uma animação tão amada era a escolha logica, logo fui a meu amigo google, ver ficha técnica e quem sabe achar algo do mangá, mas no fim percebi  que não queria falar ainda sobre essa obra.

Então, minha segunda opção, falar sobre a novela Velho Chico, ideia que por algum motivo tive quando capturava uma bandeira em Caspian Border  (Battlefield), vai entender. Infelizmente minha raiva ainda é latente por causa da forma que a globo conseguiu estraga-la. Já estava começando a desistir de fazer esse texto.

Bem, desisti, fui procurar em sites de culinária uma forma de aperfeiçoar meu mousse de limão, aliás, amanhã é um dia especial e tenho que fazer a melhor sobremesa da minha vida, aproveitei esse momento para escutar os podcast que eu havia baixado e botei a mão na massa, afinal não há coisa melhor do que escutar opiniões diferentes da sua através de calorosas discussões de podcast enquanto se tenta superar a sua própria sobremesa, deu até vontade de abrir um canal de culinária para compartilhar minhas receitas com meus amigos, quem sabe um dia.

Com expectativa zero de atualizar o blog, decidi entrar em minhas redes sociais, conversar com amigos e me entreter com alguma besteira postada, foi quando me deparei com uma postagem sobre a Anatel, dei um sorriso tímido, lembrando de todo o meu dia, e logo pensei “Não teria feito metade das coisas que fiz hoje se minha internet fosse limitada do jeito que essa empresa está querendo regulamentar a transmissão de dados”. Espere um pouco, está ai algo que eu realmente quero escrever.




quinta-feira, 21 de abril de 2016

Mogli: O Menino Lobo

Fico feliz de ver a Disney indo ao contrário do movimento “Dark” que a indústria está seguindo recentemente, com seus filmes sérios, “realistas” e sombrios. E saindo de suas animações temos a reimaginações de clássicos como Malévola, Cinderela e agora temos a volta de Mogli: O Menino Lobo aos cinemas.

O filme que está nos cinemas agora é a adaptação da animação lançada em 1967 que é baseada na série literária “The Jungle Book” de 1894. A história fala de um garoto que é encontrado na floresta pela pantera negra Bagheera (Ben Kingsley), a qual o leva para ser cuidado pela alcateia de lobos comandada pelo justo Akela (Giancarlo Esposito), e lá o jovem Mogli (Neel Sethi) é criado pela loba Raksha (Lupita Nyong'o).


Mas como nem tudo é alegria, um dia chega o grande tigre Shere Khan (Idris Elba), que quer ver a pobre criança morta a qualquer custo, e à partir daí o pobre Mogli deve fugir com a ajuda de Bagheera e o urso Baloo (Bill Murray) para a vila dos homens, o único lugar aonde Shere Khan não pode pegar o garoto.

Um dos pontos mais fortes do filme é a sua incrível computação gráfica, fazendo todos os animais do filme parecerem críveis, ainda mais com suas expressões faciais, que mesmo caricatos conseguem ficar naturais. Qualidade que vem também do excelente elenco que deixa tudo melhor com suas atuações.

A história é bastante divertida, mostrando uma aventura mágica nessa fabulosa fábula, que sempre tenta lhe ensinar algo para se levar para vida, mas sem ser enfadonho e chato, evoluindo de uma forma natural com a jornada do personagem, que tem tudo que se pode pedir, ação, drama, humor e até música.

No fim de tudo temos um filme altamente divertido, tanto para crianças e adultos, trazendo um clima de nostalgia e até mesmo uma volta da magia que o cinema faz tão bem, com a capacidade de sonhar e criar grandes histórias, pois assim como o urso Baloo tenta passar para o jovem Mogli, precisamos nos preocupar com os problemas, porém em alguns momentos temos que se divertir e mesmo assim estamos aprendendo a viver.   



  

terça-feira, 19 de abril de 2016

A Revolução dos Bichos

Uma das coisas que eu mais amo na ficção é a maneira que seus criadores conseguem se espelhar em suas realidades para poder criar seus próprios universos e criticar ou engrandecer nossa forma de vida, hábitos e ideologias. E nesse pensamento que em 1945 o autor George Orwell lançou a sua fabula, A Revolução dos Bichos.

O livro conta a historia de uma fazenda, aonde os animais resolvem se revoltar contra os humanos, adotando um governo chamado Animalismo, onde todos os animais são iguais, porém nem tudo saiu como planejado, já que alguns animais (os porcos) se sentiram superiores a outros, começaram a manipular os outros para ter uma situação privilegiada.

Toda a trama se passa num período de muitos anos, desde a revolução até o momento da concretização da formação desse novo governo e é sempre mostrado do ponto de vista de um grupo de animais, como o burro Benjamin, um dos animais mais sábios da fazenda, mas que resolve ficar calado, o cavalo Sansão que sempre cumpre ordens sem se questionar e o porco Napoleão que controla a fazenda.

Com isso temos uma historia cheia de reviravoltas, traições e manipulações, o qual demonstra como um governo consegue manipular sua população através do medo e alienação, simples marionetes daqueles que foram corrompidos pelo poder. E é em cima disso que essa sátira politica se baseia, transformando o sonho dos animais em um pesadelo à medida que os porcos mudam as leis e manipulam a historia pelos seus interesses, traindo até os animais que eram leais a sua causa.



Sem duvida essa é uma das melhores criticas ao governo de Stalin que eu já tive acesso e mesmo sendo mal interpretado e usado contra o sistema utópico socialista de forma incoerente, temos uma grande historia em nossas mãos e que serve de aprendizado para quem quer entender o funcionamento da politica e até para os estudiosos em sociologia, pois mesmo sendo uma fabula, é uma obra que traz uma visão critica da sociedade que se mostra atual até mesmo para a situação que nós encontramos atualmente. 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Mecha: O que eles podem falar sobre nós?

Em minha opinião não há nada mais legal quer vê robôs se digladiando ou enfrentando monstros gigantes, que tem como único objetivo destruir toda a humanidade por algum motivo desconhecido, e para deixar as coisas melhores, há uma vasta gama de material vindo quentinho do Japão. Mas com a popularização da cultura nipônica no ocidente, é claro que os estúdios de entretenimento iriam começar a copiar, porém, mesmo tendo muitas semelhanças, os produtos ocidentais e orientais apresentam um abismo em seu conceito, e resolvi fazer a pergunta, “por quê?”.

Primeiramente temos que entender o que é esse gênero, provavelmente vocês viram Power Ranger, a adaptação americana da serie Super Sentai, e todos sabem que no final eles convocam um robô gigante em que eles controlam para enfrentar a ameaça, isso meus amigos é o gênero Mecha (não mecha de cabelo) aonde pessoas utilizam armaduras cibernéticas (exoesqueletos) para enfrentar seus conflitos, podendo variar de tamanho, indo para os gigantes até os do tamanho de uma pessoa. Mas o que os torna diferentes entre as regiões?


Para respondermos a essa pergunta, temos que ver como cada nação vê o conflito, as guerras e principalmente o uso da arma. Os japoneses veem a arma como uma extensão do corpo, algo até mesmo espiritual, não é a toa que as armaduras samurais foram evoluindo ao longo dos tempos com as novas técnicas de combates que foram surgindo, e não por causa de um novo tipo de armamento. Dessa forma, aquele objeto usado como arma tinha um valor maior, não era apenas um item feito para matar, mas parte de si.

Já do lado ocidental, temos uma visão totalmente diferente, aqui a arma é vista como uma ferramenta, algo até certo ponto descartável em que qualquer cidadão pode utilizar para poder se defender, aliás, não se poderia esperar diferente de um pais que foi construído por causa delas. Você deve está se perguntando agora “Tá, mas o que isso tem haver com robôs gigantes?”, a minha resposta caros leitores: é simplesmente tudo.

Vamos pegar como exemplo a light novel/manga All You Need Is Kill que teve sua adaptação no ocidente nomeada de No Limite do amanhã. Tanto no original quanto no filme a humanidade precisa enfrentar uma raça de aliens, e para isso constroem armaduras para podermos enfrenta-los, mas ai começam as diferenças, já que na light novel o protagonista deve “domar” a armadura, fazer dela parte de si e até mesmo usar uma arma branca em que precisa de toda sua habilidade para poder ter êxito em sua missão, já no longa, a armadura nada mais é uma mera arma que em vários momentos é simplesmente largada.

Não é a toa que os mechas dentro de um contexto japonês muitas vezes acabam se tornando personagens tão importantes quanto os humanos (ou aliens, sem segregação aqui!), porém ao chegar para nossas bandas viraram um bando de armaduras para se colecionar ou um titã que se chama para dar apoio quando as coisas estão apertadas. Mas o mais interessante disso tudo é ver a diferença de pensamento que fazem até mesmo um mesmo tema ser pensado e repensado de uma forma bastante diferente, afinal, ninguém é igual.  

  

segunda-feira, 11 de abril de 2016

O legado de Cidadão Kane

Tenho até vergonha de admitir que eu nunca havia visto o clássico do cinema, Cidadão Kane, de Orson Welles. Mas felizmente, consegui assistir o longa, que é considerado por muitos como a obra prima da 7° arte. Mas será mesmo que ele é tudo isso ou acabou sendo vencido pelo tempo, se tornando datado?

O filme conta a estória de um grupo de jornalistas que tentam descobrir a verdade sobre o significado da última palavra do magnata do jornalismo Charles Foster Kane (Orson Welles), que acabara de morrer, sozinho, em seu palácio particular, Xanadu. E  durante todo o filme, onde o jornalista entrevista pessoas ligadas a Charles Kane, cabe a ele e a você telespectador descobri o que realmente é “Rosebud”, para entender mais sobre a vida dessa pessoa que começou na pobreza e virou um dos homens mais ricos do mundo.

Essa obra criada por Welles e Herman J. Mankiewicz foi uma das maiores revoluções do meio cinematográfico, misturando o estilo plongée (um estilo que coloca a câmera a baixo do personagem, simulando a visão do telespectador de um teatro) vinda da visão teatral de Welles e as sombras tiradas direto do cinema expressionista alemão, além de trazer os atores de sua companhia de teatro, o que permitiu a seu diretor ter o controle criativo da colocação de câmera, já que não tinham as exigências de ângulos das “estrelas” de Hollywood.

Todos esses detalhes deixam o longa lançado em 1941 mais atual que filmes do ano passado, com um roteiro redondo, sem falhas, trazendo uma das melhores tramas que o cinema americano já teve, além da melhor atuação de Orson Welles, mostrando todo seu talento, não somente em sua performance, mas também em sua direção, que espetacular com cenas espetaculares, causando inveja para muitos diretores atualmente.

Infelizmente o filme quase não foi visto pelo público na época, graças ao boicote promovido pelo magnata do jornalismo William Randolph Hearst, que afirmava que o longa se baseava em sua vida (ele estava certo), afirmação que Welles sempre negou. Tudo isso, porém, fez com que o filme quase não fosse lançado, e se não fosse a experiência que Orson Welles ganhou na transmissão da Guerra dos Mundos para conseguir fazer contratos mega elaborados com os estúdios, Cidadão Kane teria sido queimado e esquecido pela historia.

Como a obra prima de Orson Welles, Cidadão Kane foi o maior presente que se poderia dar para a 7° arte, um filme praticamente perfeito em todos os quesitos, em sua fotografia, atuações, historia e montagem. Não é a toa que ele sempre esteve em primeiro lugar na lista dos melhores filmes já feitos e é obrigatório para todas as pessoas que gostam/amam/adoram cinema.      




sábado, 9 de abril de 2016

Rua Cloverfield, 10

Lembro-me como se fosse ontem quando vi o primeiro filme da (possível) série Cloverfield, a qual me deixou super empolgado, mostrando aquele “godzilla” americano atacando Nova York, com sua câmera estilo documentário e sua brincadeira de marketing antes do filme. Infelizmente esse ontem foi em 2008, e agora, oito anos depois chega aos cinemas “Rua Cloverfield,10” como o primeiro longa do diretor Dan Trachtenberg.


Deve ficar claro, que esse filme não é uma continuação do “Cloverfield- O monstro” (2008) e fica até difícil dizer que se passe em um mesmo universo, parecendo mais um “Além da Imaginação” da produtora do J.J Abrams (produtor de ambos os filmes). Com isso em mente, deve-se esquecer totalmente a ideia de um monstro gigante destruindo uma cidade, pois sua única herança é o clima de suspense.

O longa conta a historia de Michelle (Mary Elizabeth Winstead), que após sofrer um acidente acorda dentro de um bunker, aonde conhece Howard (John Goodman) e Emmett (John Gallagher Jr.), que dizem que o mundo acabou e que ela não pode sair daquele lugar. Agora a nossa protagonista deve descobrir se tudo aquilo é verdade ou se as coisas são totalmente ao contrario do que lhe falaram.

Devo dizer que todo o clima dentro do bunker é um dos mais tensos que já vi, com excelentes atuações, principalmente do ator John Goodman, que é uma das melhores interpretações de sua carreira. Além disso, o roteiro impecável e super bem amarrado desse filme consegue surpreender de todas as formas.

O mais incrível desse projeto, o qual foi anunciado em janeiro e lançado agora em abril (no Brasil) e que acabou sendo filmado em algumas semanas, foi o fato de ser tão “secreto” que nem mesmo os atores sabiam de como a historia iria se desenrolar, o que talvez seja o motivo de atuações tão verdadeiras que fazem esse filme brilhar de tal forma que só quem assistiu pode sentir.

É até complicado falar mais de Rua Cloverfield, 10 sem dar spoilers, mas devo dizer que esse é um filme de suspense excelente, que deixou todos os telespectadores da sessão de cinema onde eu estava ficarem tensos durante todo o seu período. Então vão ver o filme e entrem na jornada da Michelle para descobrir o grande mistério que o longa possui e assim tenha uma das melhores experiências cinematográficas desse mês de Abril.


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Star Wars: Um Novo Amanhecer

Em dia em que sai trailer de Star War(#casadocomreplay) se deve falar sobre Star Wars, então, em minha continuação em explorar essa nova fase criada pela Disney, falarei hoje sobre o livro “Um novo amanhecer”, preludio da divertidíssima serie Rebels, que não só introduz personagens importantes para a serie de tv, como também para os futuros projetos literários da empresa.

Escrito por John Jackson a trama se passa entre os episódios 3 e 4, muito antes da rebelião ou da estrela da morte (mesmo tendo certas conexões com a estação bélica), e aqui acompanhamos a historia de Caleb Dune, conhecido como Kanan Jarrus, um sobrevivente da ordem 66 que ganha a vida com trabalhos perigosos que ninguém liga, sempre tentando esconder sua ligação com a força.

Mas tudo muda quando um empresário maligno, Denetrius Vidian, chega ao planeta de Gorse e começa a planejar seus planos maquiavélicos para o lugar e seus habitantes, e com a ajuda de Hera Syndula, e alguns outros amigos, Kanan deve impedir que os planos de Vidian se realizem.

Esse livro dos dois que li desse novo momento da saga, é um dos mais divertidos e voltados para a aventura, pegando bastante o clima da animação, além de seus personagens altamente interessantes. Mesmo caindo um pouco no clichê, principalmente no núcleo imperial, a historia é tão alto astral e divertida que esses pontos acabam sendo ignorados.

Hera e Kanan em Star Wars Rebels
Infelizmente ele cai no mesmo problema de “Marcas da Guerra” com sua caracterização das raças alienígenas que se limitam no nome da espécie, como se eu soubesse a aparência de todos eles, Felizmente isso não é tão comum quanto no outro livro, o que deixa essa falha menos agressiva.

 Todo o livro traz aquele espirito de aventura da saga Star Wars, esquecendo-se da politica que de vez enquanto dava a cara em Marcas da Guerra, porém isso não é algo ruim, pois tem uma historia interessante e principalmente a introdução de personagens importantíssimos para o futuro da serie, como a introdução e ascensão da capitã Rae Sloane (ainda não é almirante), e um pouco do passado de personagens chaves da serie, o que por si só é altamente divertido, e vale muito a pena ser lido por todos os fãs e até mesmo por aqueles que querem começar a entrar nesse universo gigantesco. 


quarta-feira, 6 de abril de 2016

A Dama de Shangai

Um dos estilos que eu mais gosto do cinema policial é o Noir. Com seus personagens dúbios, uso excessivo da escuridão e suas “femme fatales”. Era claro que eu iria me aprofundar nesse gênero, então, em uma exibição de filmes do diretor/ator/Radialista Orson Welles, me deparei com “A Dama de Shangai” de 1947.

O filme conta a história do marinheiro (meio burro) Michael O’Hara, que após conhecer uma linda mulher se apaixona perdidamente e acaba por virar o capitão de um cruzeiro dessa misteriosa mulher e de seu marido, porém tudo isso é apenas o começo para uma série de “tramóias” envolvendo assassinatos e traições, onde o nosso pobre protagonista  se vê no meio de toda uma confusão sem saber como proceder para escapar com vida.

Como um dos filmes mais importantes desse estilo, A Dama de Shangai traz todo o esplendor do cinema Noir, tendo uma narração em “off” de seu personagem principal, o uso criativo de luz e sombra e como sempre, uma mensagem pessimista. Apesar disso tudo é um pouco triste perceber que parte da genialidade de Welles só vai aparecer no final do filme, com a brilhante cena dos espelhos que é copiada e homenageada até hoje.

Sabe-se que muitos desses problemas vêm dos produtores, como por exemplo, os quase 60 minutos cortados do produto final (e vocês reclamando de Vingadores), a imposição dos closes dos rostos dos atores e principalmente a música cantada pela atriz Rita Hayworth, decisões que segundo o estúdio, deixaria o longa mais palpável ao grande publico, mas infelizmente essas imposições deram um ar cômico.


Mesmo com esses defeitos, o filme tem seus momentos que são símbolo da genialidade de Welles, como sua homenagem ao expressionismo alemão, a clássica cena do aquário (Woody Allen). O final impressionante faz desse filme obrigatório a todos os fãs do cinema Noir e de Orson Welles.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Crônicas de um courier: Historias de Fallout New vegas

Cada vez que chegava mais perto, mais o cheiro da fumaça entrava em meu nariz, não tinha ideia do que encontraria ao chegar na cidade de Nipton, mas estava prestes a descobrir. Logo que cheguei o medo tomou conta de mim, era algo tão chocante, até mesmo para um mensageiro  que já se aventurou pelos locais mais perigosos do grande deserto de Mojave.

A cidade estava em chamas e as ruas... É difícil até de descrever tamanha maldade, todos os habitantes da cidade e alguns membros de gangues, provavelmente, estavam pregados nos postes de energia, e alguns ainda estavam vivos, porém ao me aproximar  percebi que eles logo morreriam se os retirassem do local aonde estavam. Antes de tomar uma atitude sobre esses pobres coitados resolvi procurar alguém que tivesse fugido desse terror.

Porém no momento em que me aproximei da prefeitura no centro da cidade, fui surpreendido por um grupo de homens que rapidamente me cercaram, não eram uma simples gangue, pareciam bem alimentados e bem armados, alguns com lanças porém outros com armamento militar em bom estado, trajavam uma armadura vermelha que lembrava muito as vestimentas que eu tinha visto em algum livro vinda da Valt, qual era mesmo o nome daquele grupo? ... Romano será?

Um dos soldados se aproximou de mim:

-Espere forasteiro, não lhe machucaremos, porém quero que você observe bem o seu redor, e conte para todos, principalmente para os soldados da NCR, o que a Legião de Cesar é capaz de fazer, agora vá.


E do modo súbito que eles chegaram, eles se foram. Minhas mãos ainda seguravam firme a arma, pois sabia que essa não ia ser a ultima vez que veria eles, naquele momento descobri que deveria deixar minha vingança mesquinha um pouco de lado, pois algo maior estava acontecendo, e logo atingiria todos da região, e jurei a mim mesmo que esse ato não passaria impune, e que em nosso próximo encontro as coisas seriam diferentes. 

sábado, 2 de abril de 2016

As crônicas de um menino e seu cachorro

Era uma vista interessante, uma mistura de melancolia com a agradável iluminação das primeiras horas da manhã. Uma cidade destruída jazia bem abaixo da colina onde eu estava, as árvores ao redor estavam em um tom marrom e sem folhas, como se estivessem em um outono eterno. Não havia mais pessoas morando ali há muito tempo e talvez nem em seus arredores, era difícil até mesmo dizer se tinha alguém vivo. Mas mesmo com tantas perguntas na cabeça, não tinha tempo para pensar nas respostas, ao menos não agora, tinha que sobreviver, até por que essa era minha nova realidade...

Depois de muito tempo eu finalmente conseguir botar minhas mãos em Fallout 4 ( da qual espero que seja tão bom quanto o Fallout: New Vegas), mas já com algumas horas de jogo comecei a me perguntar: Porque somos tão fascinados pelo fim do mundo ?. Pois pensem bem: temos milhares de livros, filmes e jogos, demostrando nosso fascínio sobre essa temática bastante aterradora, e com isso em mente resolvi perguntar a vários amigos para formular uma resposta a essa questão.

 
Foram inúmeras as respostas que obtive, porém no meio disso tudo alguns pontos começaram a se repetir, e a resposta que se seguiu foi interessante. O fim de tudo parece ser a estória mais contada de todos os tempos, que vai desde a bíblia até contos mais recente como os livros da série Metro de Dmitriy Glukhovskiy, porém o que há em comum entre eles?

Em todas essas tramas, além de nos tirarmos de nosso mundo comum, nos deixando muitas vezes desconfortáveis (nunca me esquecerei de A Estrada), mostrando o melhor e o pior da humanidade, nos deixando no limite de nossa sanidade em um mundo onde todas nossas facilidades foram excluídas, além de refletir nossos maiores medos, como as guerras e nosso poder nuclear (bem Guerra Fria) e até mesmo grandes epidemias.

É interessante ver que muito desses mundos baseados no apocalipse possuem grupos pequenos de sobreviventes, o que torna bem simples a nossa familiarização com os estereótipos de nossa sociedade, mais uma vez demonstrando o que ocorre quando somos pressionados por uma força que somos incapazes de controlar, podendo nos levar para um recomeço, uma oportunidade de corrigir nossos erros, ou simplesmente nos levar para um fim sem esperança.

Essa luta pela sobrevivência, a sensação do desconhecido e o perigo iminente muitas vezes vindo do próprio homem não nos mostram simplesmente o fim, mas sim, nosso estado natural de ser, toda a maldade que podemos possuir e também toda bondade que a humanidade pode transmitir, nos mostrando uma alegoria que mostra a historia da humanidade, nossa história.

“... Com minha pistola em mãos e Sam, meu fiel pastor alemão, caminhávamos por entre os escombros da cidade. Percebemos que um grupo de bandidos mantinham aprisionados algumas pessoas dentro de gaiolas. Verifiquei quantas balas possuía no cartucho, olhei pra a Sam e por um momento eu pensei “ Como o fim do mundo nada mais era do que um outro capitulo sangrento na historia da humanidade, afinal, a guerra... A guerra nunca muda”.





quinta-feira, 31 de março de 2016

O que vocês fizeram com Batman vs Superman ?

É difícil começar a falar sobre Batman vs Superman, já que ha uma polarização gigante na internet: se gostou é fanboy da DC, e se não, é da Marvel, acho isso a maior besteira, ainda mais de que estamos falando dos heróis mais famosos de todos os tempos. Como um grande fã do Batman, fui até o cinema muito feliz, mesmo com todas as milhares de criticas negativas. Infelizmente toda a empolgação não durou muito, e agora irei falar o porque disso. 


Começando pelos pontos positivos, posso citar as atuações que são bastante agradáveis, principalmente do Ben Affleck (Batman), Gal Gadot (mulher maravilha) e Henry Cavill (Superman). Além da estética daquele universo que chega a ser belíssima, algo esperado do diretor Zack Snyder, e algumas cenas que tentam criar o tom do filme (pena que são poucas e facilmente esquecidas), infelizmente tudo isso é subjugado pelos milhões de erros que o longa apresenta.

O primeiro ponto negativo e um dos maiores de todos é o do desenvolvimento de personagens, que é inexistente, parecendo que o roteirista e diretor partiram do preceito de que todo mundo leu todos os quadrinhos e tão super familiarizados com a historia de cada um deles, porém ao mesmo tempo, eles esquecem que já vimos milhões de vezes a morte dos pais do Batman, um dos super-heróis que possuem mais adaptação nas telonas e telinhas.

Outro problema é a motivação de cada personagem que chegam a ser ridículas, além de seus personagens estarem longe de suas essências, principalmente o Batman, que de superdetetive, parece uma criança idiota que é enganado por um dos planos mais imbecis que eu já vi de nosso grande Lex Luthor que parece que cheirou cocaína até seu cérebro fritar. E para complicar mais as coisas temos uma historia risível que parece ter sido escrita por uma criança de 10 anos, e mesmo sua filosofia abordada é esquecida antes da metade do filme.

Você caro leitor, deve estar se perguntando " e as lutas? essas devem ter sido fodas ?", infelizmente devo dizer que não; A luta final há um excesso de CGI ruim que chega a enjoar, principalmente aquela tartaruga ninja malfeita (Apocalypse), da qual já vi games de 10 anos atras com modelos de monstros mais bem desenvolvidos, tirando que é em uma cena a noite, cheia de poeira e lasers, deixando tudo incompreensível e quanto a batalha que da nome ao filme nem dura 10 minutos e tem um desfecho altamente brochante e inconsistente.

No fim eu tive uma das maiores decepções no cinema, pois a falta não de humor mas sim de humanidade no filme, além de uma péssima trama e montagem fazem desse longa metragem ficar longe da excelência de que todos nós sonhávamos e espero realmente que a Warner consiga melhorar nos próximos, pois essa segunda entra desse universo DC nos cinemas foi abaixo do medíocre.                        

terça-feira, 29 de março de 2016

Akira e os anime atualmente.

As grandes animações japonesas sempre me empolgaram ainda mais depois de ver Akira, uma longa metragem que coloco no meu top 10 de melhores filmes já feitos, com uma historia mais madura, uma excelente direção e visual impecável, foi simplesmente paixão a primeira vista, a partir desse ponto sai do mundo "pokemon" e passei para animes mais elaborados, como Ghost in the shell e o meu amado Cowboy Bebop.



Com o tempo comecei a consumir animes feito doido, principalmente as obras de arte de Hayao Miyazaki e até coisas um pouco psicodélica com Evangelion (demorei seculos para entender), mas não fiquei só nisso é fui para os populares, como Naruto, Dragon Ball e por ai vai, porém a luz começou a se apagar (nem Naruto sai da 3° temporada) e comecei a perder o interesse pelas animações, principalmente as series e até mesmo alguns filmes (não todos, tem muitas obras de artes por ai), e foi ai que me perguntei " O que aconteceu?"

De inicio posso dizer que muitos animes se estendem de mais e com o tempo as historias começam a se perder ou simplesmente a trama se estagnavam, o que me faz perder o interesse rapidamente, problema que tenho também com novelas, além de começar a ter uma enorme sensação de déjà vu, pois todos pareciam tão parecidos em basicamente todos os sentidos que vão dos traços a personalidade dos protagonistas.

Essa falta de originalidade foi o que me deixou bastante decepcionado e mesmo quando vejo um que começa a ter potencial (Attack on Titan, estou falando de você) e talvez um dos grandes maiores problemas, o exagero de ecchi (pornografia leve) sem sentido, simplesmente peitos pra todos os lados que não influenciam em nada na historia o que chega a ser triste.

Sabendo que parte disso vem do mercado japonês fica dificil comentar, provavelmente é alguma tendencia deles ou o tipo de publico, algo que não vem direto daqui, já que poucas coisas vem oficialmente para cá ou se vem ha uma rejeição do publico por causa da cultura estabelecida de ver online (estou falando do Brasil), porém é bom ver que a industria americana acabou sendo bastante inspiradas nos animes da década de 80 e 90 e acabam lançando animações superdivertidas e criativas.

Porém ainda espero vê dos nipônicos a volta dos grandes animes e ver o final dessa crise artística em que os animes se encontram, crise que até mesmo grandes diretores da industria já reclamaram e quem sabe com a aceitação maior dessas animações tragam novos mercados e novas visões para essas obras que me acompanharam em minha infância.

          
   

segunda-feira, 28 de março de 2016

Dice, quero o Bad Company 3 já !

Quase todos os dias antes de dormir eu geralmente jogo uma ou outra partida de Battlefield 4, porém algo falta, é difícil dizer o que é, algo que não consigo achar nem em seu antecessor. Battlefield 3, e com certeza não tem no hardline (o coisa ruim) mas tinha em um game lançado a muito tempo atrás chamado simplesmente de Bad Company 2.

Não sei até hoje qual macumba a Dice fez nesse jogo, mas devo dizer que foi uma das melhores experiencias que um jogo da serie pode trazer, então vamos do inicio, em primeiro lugar temos a campanha, não é o melhor modo single do mundo, mas provavelmente tem os personagens mais legais em um jogo de guerra, até porque aqui todos são meio "retardados", simplesmente a escoria do exercito, mostrando clara inspiração a serie/filme Esquadrão Classe A.

Não é só isso que a campanha traz, os mapas são bastantes abertos, lhe dando inúmeras possibilidades para completá-las, além de serem bem diferenciados entre si (Florestas, dentro de um avião, desertos ou montanhas no meio do Alasca aonde se deve procurar abrigo), sem contar a melhor parte, CENÁRIOS QUASE 100% DESTRUTIVEIS, enfim, diversão pura, bem diferente dos personagens e historias chatas dos BFs posteriores.

Para completar o pacote temos o grande chamariz da serie, o modo multijogador, que aqui temos mapas quase todos desenhados para o modo rush, aonde ha um grupo deve defender duas estações e outro deve destruí-las, o que deixa toda a experiencia bem mais dinâmica do que o clássico modo dominação, aonde os jogadores simplesmente se esquecem que tem um objetivo e acabam simplesmente se matando, sendo assim esse designer do Bad Company acabava deixando o game mais dinâmico e divertido, além de dar um senso de missão.

E não é somente isso, temos novamente os cenários quase totalmente destrutível, algo que foi sendo cada vez mais deixada de lado (desculpe galera, o levolution é enganação). Chega a ser estranho ver que tanta coisa boa parece que foi sendo esquecida pela empresa, e a serie mesmo que mecanicamente foi perdendo funções que deixaram a serie Bad Company tão especial, e ainda tenho que aguentar a empresa dizendo que não sabe o porque Bad Company é tão querido pelos fãs, bem Dice, ai estão os meus motivos e por favor, entregue logo o Bad Company 3 !
   

    



sábado, 26 de março de 2016

Star Wars: Marcas da Guerra

Talvez uma das maiores preocupações das pessoas quando souberam que a Disney comprou os direitos de Star Wars, uma das maiores reclamação dos fãs foi quando a empresa desconsiderou todo o universo expandido feito por tantos anos e com tantas historias boas, mesmo eu também ficando um pouco triste com isso (Adeus Starkiller e KotOR), ainda estava super ansioso para ver o que seria feito com essa serie que amo tanto.

O marcas da guerra foi o grande garoto propagando desse novo universo expandido, então era logico que iria procurar esse livro, ainda mais depois do episodio 7 ter superado minhas expectativas em mais de 8 mil, então vamos falar um pouco sobre a historia.

Em marcas da guerra, escrito por Chuck Wendig, se passa alguns meses depois da destruição da segunda estrela da morte e segue os primeiros momentos da nova republica. A trama ocorre durante uma reunião secreta do império no planeta Akiva, porém para deixar as coisas mais interessantes o capitão Wedge Antiles é capturado pela Almirante da ultima frota imperial Rae Sloane e agora um grupo de resgate improvável formado por uma caçadora de recompensa, Jas Emari, um ex agente imperial, Sinjir, uma ex piloto rebelde e seu filho, Norra e Temmin Wexley devem frustrar os planos do imperio. 

É interessante ver como a historia é guiada, pois ela tem uma missão, ser divertido e ao mesmo tempo apresentar o que aconteceu entre o Retorno de Jedi e o Despertar da Força (filme lindo), é tenho a felicidade de dizer que ele consegue entregar tudo que promete, já que a aventura principal é cheia de reviravoltas, contrabandistas, tiros e muito humor, além de capítulos "extras" que mostram situações em outros locais da galaxia, expandindo cada vez mais esse universo gigante.

Outro ponto super interessante são seus personagens, dês da calculista almirante Sloane, da qual acompanho sua historia dês do livro "Um novo amanhecer" (falarei sobre ele quando fizer um texto sobre a serie Rebels), e o ex imperial Sinji, que na minha opinião é um dos personagens mais interessantes do livro junto com o senhor ossudo (um droide de guerra personalizado), além de ver a interação entre Temmim e sua mãe Norra, algo que da um ar dramático excelente para a trama.

Wedge Antilles
Porém nem tudo são flores, a forma de escrita escolhida por Wendig acaba sendo descritiva de mais, o que deixa a leitura um pouco cansativa além de esperarem que nós leitores tenhamos o total conhecimento de toda a fauna e flora e um guia ilustrado de todas as civilizações de Star wars, não foram poucas as vezes que parei no google imagens para saber como era um personagem.

Porém mesmo com esses problemas ainda temos uma excelente historia que fará todos os fãs dessa linda space opera que mora no coração de muitas pessoas, além de me deixar ansioso pelo futuro dessa saga que me acompanha desde minha infância.